24/02/2012 | 18h20min
Depois de dez anos protagonizando a adaptação cinematográfica da saga “Harry Potter”, a pressão é grande sob os ombros de Daniel Radcliffe. Foram sete filmes, 13 bilhões de reais e metade de uma vida assistida de perto pelos olhos do público, sempre fiel à série. Agora o ator britânico está de volta em seu primeiro papel após a morte de Voldemort (e a instituição da paz em Hogwarts) no filme “A Mulher de Preto”, que estreia em todo Brasil nesta sexta-feira (24).O suspense se passa nos anos 1910 e acompanha a história do jovem advogado Arthur Kipps, viúvo e pai de um menino pequeno. Nos primeiros minutos do longa, ele recebe a missão de viajar a outra cidade para cuidar do caso onde uma mulher perde o filho adotivo e depois se mata. Chegando ao local, Arthur não é bem visto pela vizinhança, que faz de tudo para ele não se aproximar da casa pertencente à família que morreu.
Insistente, Arthur vai até a residência afastada utilizando uma estrada tenebrosa. A casa é escura, cercada de túmulos, está abandonada há algum tempo e, por lá, o advogado deve resolver toda papelada ou seu emprego está em jogo. No meio a sofás empoeirados, quartos escuros e animais correndo pelos encanamentos, Arthur encontra documentos amarelados e começa a se envolver com o caso.
Em uma noite de trabalho, o jovem descobre que não está sozinho na mansão ao mesmo passo em que crianças começam morrer subitamente no vilarejo próximo ao local.
Baseado no livro homônimo de Susan Hill, “A Mulher de Preto” tem boas cenas de suspense e garante alguns pulos da cadeira. A câmera acompanha o tempo todo Daniel Radcliffe, que não tira da cara a expressão de preocupado.
Apesar da devida caracterização, é difícil não imaginar que a qualquer momento uma criatura de Hogwarts vai pular na frente do ator, ou que ele vai sacar sua varinha para destruir as forças do mal.
Assim como “Relíquias da Morte: Parte 2”, “A Mulher de Preto” é um filme sombrio, com um ritmo mais lento. Por esse motivo, talvez não tenha sido a escolha mais inteligente para Daniel após dez anos na pele do bruxinho -- mesmo tendo participado por alguns meses da montagem de comemoração dos 50 anos da peça "How To Succeed In Business Without Really Trying".
Foto: Getty Images
Daniel Radcliffe, em Londres, para o lançamento do filme "A Mulher de Preto"
Na contramão, Emma Watson e Rupert Grint parecem ter sido mais espertos com relação a escolha de novos papeis. Em vez de apostar em protagonistas de superproduções, ambos optaram por coadjuvantes mais discretos: ela em “Sete Dias Com Marylin” e ele no inédito “Into the White”.
Comparações a parte, o filme vale a ida ao cinema. É uma ótima pedida para assistir com a turma do colégio, mas nunca sozinho! Se você tem medo da “loira do banheiro”, espere até ver “A Mulher de Preto”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário